sexta-feira, 30 de março de 2012

Tenho em meus planos
Cultivar sorrisos
E meus poucos amigos,
Uma agenda cheia de nomes
É vaidade que já não me consome
Quero a qualidade da palavra do amigo certo
O sono fácil e descompromissado
De quem é parceiro da vida
E não vive do passado
Quero ter cérebro
E não só coração apaixonado
Ter a vida do tamanho do meu sonho
E coragem pra tirar as poesias da gaveta
Uma passagem interior secreta
Pra ninguém me achar e
Quando eu quiser ficar a sós comigo mesma
Ter a porta sempre aberta
Para riso e choro de paz e bem
Quero funcionar o útero
Ter o calor de uma segunda pele
E dividir a vida com alguém
Vou trabalhar pra ter mais tempo do que eu mereço
Na minha caminhada sentimento não tem preço
Quero cair no mundo
Conhecer meu planeta casa
Caminhar na minha rua
Dar um passeio na lua
Qero sempre me arriscar
Ser uma gerente de mim
Me permitir fazer tudo
Me permitir fazer nada
Desde que esteja a fim
Vou manter o corpo esperto
E exercitar a mente
Pra não perder o rumo de ser gente
Quero ter orgulho dos meus anos
Viver de cabeça erguida
Tudo isso nos meus planos.
CW

quinta-feira, 29 de março de 2012

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura.Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico." Nelson Rodrigues

quarta-feira, 28 de março de 2012

Galeria de Claudia Wer

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Galeria de Claudia Wer no Flickr.
Ai que Saudade do Lago!
FAZENDO ARTE!

O espaço urbano e seus marcos

O abandono, o vandalismo, o descaso dos monumentos públicos vêm chamando a atenção na paisagem urbana e traz para a cena uma discussão sobre a cidade, a cidadania, a memória, a responsabilidade pelo bem público e educação patrimonial. Esse território simbólico é propriedade de todos.
Se a cultura está cada vez mais associada a entretenimento, parece que tudo é diversão, onde fica o espaço do que aparentemente não está ligado a isso ou ao mundo do consumo?
O espaço urbano registra a violência imposta a tudo o que é vivo, genuíno, afetivo e comum, comum como pertencente a todos, comunitário. O lixo, a urina, a desatenção fazem parte do pacote que expõe nossa mazela social e educacional. Qual a distância do chiclete embaixo da mesa da escola ao pipi no chafariz da praça XV? Tavez nenhuma, contudo a consciência de valorizar o que é nosso começa com cuidados simples, que tal o reconhecimento? Que tal aguçar o olhar quando anda pelas ruas? Que tal compartilhar com seu colega que viu algo belo hoje a caminho do trabalho, precisamos cultivar o senso de pertenecimento a cidade.

terça-feira, 27 de março de 2012

O Dia do Teatro

O DIA DO TEATRO
(27 de Março)
Monta - se um palco de vozes,
de gestos e alegorias
onde actuam cantores e mimos
com as suas fantasias
e onde o velho Gil Vicente
faz questão de estar presente
representando os seus autos
ali mesmo á nossa frente,
que o teatro é a magia
da palavra transformada
em sonho e em poesia
com a varinha encantada
de uma tragédia antiga
em que o Romeu e Julieta
entoam uma cantiga
tão suave e tão secreta
que mais parece um madrigal
onde se canta o amor
em entoada teatral,
nesse palco iluminado
de uma história intemporal. José Letria

O tempo nos torna mais sensíveis a beleza da vida, do outro e do todo.